O bebé é finalista


O meu filho Martim é finalista.
Ontem teve o jantar e baile de finalistas da escola do 1º ciclo.
Enquanto olhava para ele a vestir-se e arranjar-se com todo o cuidado para a ocasião percebi que já não era bebé.  
Olho para ele e penso como é que é possível que 4 anos tenham passado assim, num TGV.
Lembro-me perfeitamente de o ir levar à escola no primeiro dia de aulas do primeiro ano, com a mochila do Spiderman que parecia maior que ele e com o nervoso miudinho de quem vai para uma nova aventura.
Chegou a casa e disse que não queria ir mais, pois a professora obrigou a escrever o dia inteiro com letra manuscrita e doía-lhe a mão.
Não percebia porquê é que tinha de estar sempre sentado até lhe doer o rabo, e também não achava graça nenhuma a que só se pudesse brincar nos intervalos.
Fiquei de coração nas mãos a pensar que talvez esta fosse uma etapa complicada para ele, com receio de não o conseguir ajudar e orientar da melhor maneira. 
Não teve sorte com a professora, e nestes 4 anos deve ter tido umas 7 ou 8 professoras.
Nunca foi um miúdo que adorasse a escola, e para ele "fazer gazeta" era a melhor coisa do mundo.
Mesmo assim, sempre teve boas notas.
Olhando para ele a dançar a valsa com a miúda mais gira da turma vejo que é feliz e correu tudo bem.
Apesar dos meus anseios, dos meus medos e receios correu tudo bem e eu tudo farei para que seja sempre assim.
Enche-me de orgulho olhar para ele e ver o miúdo bom que é.
Lembra-te sempre meu amor "para quem está determinado em voar, não ter asas é só um pequeno detalhe" 

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